Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

a vidinha como ela é

(e uma mãe que mete a mão em tudo) por Claudia Borralho

a vidinha como ela é

(e uma mãe que mete a mão em tudo) por Claudia Borralho

presos a horários

08.04.13 | Claudia Borralho

Dizem que as rotinas são importantes, mas será tão benéfico assim vivermos presos a horários?

Já lá vão quase 5 anos que tomei a opção de trabalhar a partir de casa. Foi a melhor decisão que alguma vez tomei, aliás a minha saúde e a vida do meu filho praticamente a isso o obrigaram. E se for mesmo para a frente a hipotese do trabalho a tempo parcial comparticipado, podem crer que eu estou lá*!
Eu não acordo os meus filhos de manhã, eles acordam por si, depois de terem dormido as horas que os seus pequenos corpos pedem e precisam. Quando por acaso um acorda o outro antes de tempo isso revela-se logo no seu temperamento, nas birras. Isto só é possível porque eu trabalho a partir de casa.

Mesmo assim a prisão dos horários não nos larga. A educadora gostaria de ter lá todos os seus meninos às 9h30, com tolerância até às 10h. E eu até a entendo, ela começa a trabalhar com eles e interrupções e meninos atrasados perturbam esse trabalho. Mas bolas, meninos de 3, 4 e 5 anos não seria muito mais benéfico deixá-los dormir e ser o trabalho a adaptar-se a eles do que enfiá-los tão cedo numa caixa que faz tic tac?

Quando nos atrasamos e chegamos após as 10h eu levo sempre um sermão da educadora do mais velho...

Se fosse só eu cá em casa, não me importaria nada de começar a trabalhar por volta das 8h30 e dar por terminado às 16h. Em vez disso começo pelas 10h e deveria terminar às 18h, mas prolongo sempre até às 19h.

E dentro de alguns meses vamos lá ver como vai correr a alteração de ter o mais velho na primária, vamos começar todos mais cedo e terei mesmo que os começar a acordar (pode ser que convença a minorca a dormir mais cedo e assim não terei de a acordar de manhã).

 

Para ler - esta crónica da Catarina.

* há um senhor que comenta a crónica da Catarina dizendo "Porque será que as portuguesas são tão preconceituosas relativamente em estar em casa?" que coisa tão parva de se dizer, o trabalho fora de casa pode ser muito importante para a saude mental e realização pessoal da pessoa, seja mãe ou pai. A possibilidade de estar em casa e apoiar os filhos cabe tanto a um como a outro e sinceramente a grande maioria das mulheres gostaria muito de poder estar em casa, mas é obrigada a trabalhar fora para sobreviver.

2 comentários

Comentar post