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a vidinha como ela é

(e uma mãe que mete a mão em tudo) por Claudia Borralho

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os recibos verdes e a segurança social

13.10.09 | Claudia Borralho

Se há coisa que sempre me pareceu tremendamente injusta é o facto de quem trabalha a recibos ser obrigado a pagar segurança social quando não tem qualquer direito aos seus benefícios (eu sei que há coisas que estão a mudar um bocadinho como no campo da maternidade, mas no geral o trabalhador paga e se precisar nunca recebe).

Já foram várias as vezes que trabalhei nesse sistema, felizmente sempre por pouco tempo. Já recebi os papelinhos para ir pagar a contribuição mínima todos os meses ao banco e como tal já vivi o drama que é para estas pessoas receberem uma ninharia e mais de metade ir parar às contas da segurança social.

 

2003 foi um ano estranho para mim, daqueles com hiper altos e baixos, principalmente no campo laboral.

No final de 2002 soube que não me iriam renovar o contrato e eu que estava em pleno processo de comprar a minha casa assustei-me um bocado. Mas como não sou pessoa de ficar quietinha à espera que as coisas venham ter comigo lá meti mãos à obra que isto de ficar à espera do subsídio de desemprego também não era comigo.

Ainda estive uns tempo a trabalhar em freelance, mas entretanto achei que seria realmente melhor pedir o dito subsídio e depois logo via (é que se não se pedir o subsídio dentro de um determinado prazo... chapéu!).

Um mês e meio depois, ainda nada de subsídio claro, e já era preciso pagar a renda da casa, fui então trabalhar para o Carrefour como "menina da caixa" e patinadora.

Lá fui eu à Segurança Social pedir a suspensão do subsídio e informar que tinha reaberto actividade nas finanças, que para além de ser patinadora fui também dar uma formação durante um mês.

No Carrefour estive pouco tempo e surgiu-me o convite para trabalhar na EuroRSCG.

A recibos, claro... mas o salário do Carrefour era para pagar a casa e pouco mais.

Desta vez negociei a coisa um pouco melhor e fazia logo a retenção na fonte que era para depois não ter um baque com o IRS.

Aqui também não fiquei muito tempo, 2 ou 3 meses depois ligavam-me da PT :) A coisa correu bem e ainda cá estou!

O subsídio de desemprego do mês e meio que foi pedido chegou finalmente quando também recebi o primeiro salário da PT, senti-me rica! :D

 

Nos entretantos a Segurança Social já me pagou subsídios de doença, de risco clínico na gravidez, licença de maternidade e ainda continuo a receber abono de família pelo Gabriel.

 

Vamos agora saltar no tempo para 2009.

Estou em processo de comprar um carro novo e quero entregar o chasso velho que era do Tiago para ter direito ao incentivo do estado. Para isso é necessário uma declaração da SS a dizer que não tenho dívidas.

E entretanto também fiz o pedido para o abono pré-natal.

O tempo passa e nem chega a dita declaração para o processo de compra do carro e o pedido do abono não sai de PENDENTE.

Começo a achar que há aqui algo de estranho... Vou investigar tudo o que é menu da SS Directa. Descubro uma dívida de pouco mais de 600€. O quê????? Como é que isto é possível??

A data do processo é 2009 e depois reparo que é referente ao período de 07/2003 a 10/2003.

O tal período que trabalhei unicamente com recibos verdes. Até à data ainda não recebi qualquer comunicação ou notificação deste processo, mas os juros de mora têm praticamente o mesmo valor da dívida e crescem a cada mês que passa...

 

Por isso senhores, se já alguma vez na vida trabalharam com recibos verdes ide lá espreitar a vossa situação*... nem quero imaginar se tivesse descoberto isto num dia que fosse pedir um subsídio de desemprego ou mesmo a licença de maternidade...

 

*penso que é no menu de "Dívidas em Execução Fiscal"

 

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