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a vidinha como ela é

(e uma mãe que mete a mão em tudo) por Claudia Borralho

a vidinha como ela é

(e uma mãe que mete a mão em tudo) por Claudia Borralho

tudo na mesma, como a lesma

19.04.07 | Claudia Borralho
Os dias começam a custar. Não é tanto a ansiedade de que toda a gente me fala, é o aborrecimento. Não acontece nada. Não aparece nenhum sinal de que alguma coisa possa acontecer. Nada de nada. Isto causa uma frustração tremenda.
Para ajudar à festa chegam os telefonemas preocupados e bem intencionados da família e amigos. Tenho que passar os dias a repetir ao telefone: não, ainda não nasceu, estou bem, não se passa nada. Nada, não se passa nada.

Continuo sem perceber o que são contracções, sejam elas de braxton hicks ou the real thing. Passo os dias a apalpar a barriga a tentar perceber se se passa alguma coisa. Agora está rijo, hummm mas se calhar não é rijo o suficiente, epá que peso, que pressão aqui, deve ser só o bebé... enfim, não se passa nada.
De rolhão mucoso também não vejo nada... é obrigatório que sai sempre antes?

Amanhã lá vamos para mais um CTG e consulta. Eu passo os dias dividida entre aceitar a data de indução proposta pelo médico ou tentar negociar outra, uns dias ou uma semana mais tarde. Dividida porque, se por um lado não quero fazer indução, por outro quero o gorducho cá fora. Por um lado pesam-me todos os pros e contras de uma indução, por outro um medo enorme que aconteça alguma coisa ao miúdo nestes últimos dias.

E depois ainda vem aquele sentimento de fracasso. Cheguei até aqui e agora não consigo pôr o miúdo cá fora... Tretas, tretas, fizemos um bochechudo tão giro aqui dentro da barriga, se for preciso obrigá-lo a sair, olha paciência. O importante é ele estar bem. Mas mesmo assim parece que o meu corpo não sabe o que é para fazer agora.

Na semana passada ainda fantasiava com a ideia de ir à consulta e descobrir-se que afinal o colo já estava não sei quantos dedos dilatado e que eu até já tinha contracções certinhas. Agora já estou sempre à espera do: colo fechado, nada de contracções. Nada. É que não se passa nada!

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