Às vezes quando me perguntam como encomendar perguntam se podem escolher tecidos, por dentro a minha alma encolhe e torço o nariz.

Quando me encomendam algo gosto de saber mais da pessoa, se a peça é para oferecer e a quem. Que cores gosta, se já tem alguma peça favorita. E depois cabe-me a mim fazer o trabalho de design. Todas as peças que faço são diferentes, de vez em quando lá faço parecido, mas são todas únicas, todas com um pormenor extra. Quando alguém me encomenda uma peça faz-me um voto de confiança e é aí que a magia acontece.

Aqui ficam alguns exemplos :)

"Um babete para a minha sobrinha Maia" - Encomenda da C.

"Um conjunto em tons de azul e vermelho para o enxoval do Vicente" - Encomenda da J.

"Sapatinhos e porta-chucha quentinhos em castanho e laranja" - Encomenda da J.

"A C. ia gostar muito de uma coroa" - Encomenda da M.

Passei 1h30 na arrecadação a encher um saquinho com coisas que eram do gabriel e vão dar jeito à oriana.

A encher um grande saco com coisas mini cor de rosa que seguem para a minha afilhada.

A encher um grande saco com coisas não tão mini de rapaz que seguem para uma amiga.

Hão-de chegar sacos com roupa para o gabriel e para a oriana. Isto de ter filhos e filhas em escadinha com as amigas dá um jeitaço (um de 6, um de 5 , uma de 4 quase 5, uma de 2 quase 3, um de 1 quase 2, uma de quase 1!

Botões de madeira à venda na loja

Kits de iniciação ao tricot com lã e agulhas a combinar :)

Fat quarters Tilda

Kits com tecido, molde e tutorial para fazer um saco de compras

Bandoletes para miúdas vaidosas

Um casaco quentinho e impermeável 9/12M

Vestidos lindos quentinhos para bebés dos 0M a 12M (o da foto 6/9M)

Novo workshop para aprender a fazer um sling - 14 Outubro às 15h em Campo de Ourique

Novo workshop de iniciação ao tricot - vamos fazer uma gola e iniciar o gorro - 21 Outubro às 10h em Campo de Ourique

* disclaimer - eu não percebo nada de economia senão a minha lá de casa

1. Não se gasta aquilo que não se tem

Durante anos e anos gastou-se mais do que se tinha, é uma conta simples - ganhamos x com isto e temos esta lista de gastos gigantesca.

Como o que tinhamos não chegava para pagar as contas, pedimos emprestado. Agora não só não tinhamos suficiente para pagar as contas como ainda tinhamos os juros dos empréstimos a fazer crescer a conta.

A vida não era a melhor de todas, fomos ganhando qualidade, mas também não eramos ricos e custa voltar atrás. Mas para a conta começar a equilibrar tem mesmo que se cortar em tudo o que não podemos pagar.

Primeiro vão os luxos e desnecessários - era bom andar de carro e motorista mas agora teremos de andar a pé, e viver em casas mais modestas, e deixar de fazer festas e almoçaradas. Também era simpático ajudar os amigos, mas isso também terá de acabar.

A seguir os cortes mais dificeis, precisamos de 10 professores mas só conseguimos pagar 5, 5 terão de ir. Precisamos de médicos 24h/dia, mas só conseguimos pagar 12h, cortar. Precisamos de 800 000 mil funcionários, mas só conseguimos pagar 700 000, 100 000 terão de ir.

Depois avalia-se o que sobra, tenta-se gerar um pouco mais de ganhos e logo se vê como se vai recompondo a casa. Não se gasta aquilo que não se tem.

(eu se fosse funcionário público já andava há muito à procura de outro trabalho, é bastante claro que o empregador "estado" está mais que falido, se estivessemos a falar de uma empresa já tinham visto o que se passava, não?)