Volta e meia o Gabriel lá pergunta: O/A podem vir brincar a minha casa?
No início nem sabia bem o que lhe responder. Se só dependesse de mim poderiam vir todos, que não me importo nada. É um bocado de pôr os cabelos em pé, mas ao mesmo tempo gosto tanto de ter miudagem cá em casa.
No outro dia a coisa atingiu o auge: A M e a L podem vir brincar a minha casa, podem? E nisto também já tinha a M e a L aos pulos à minha frente: Podemos ir brincar a casa do Gabriel? Deixa, deixa, deixa, deixa... Ui, e agora o que faço? Até costumo ver os pais destas meninas quando vou buscar o Gabriel, mas coincindência, das coincidências nos últimos dias nunca mais nos tinhamos cruzado.
Lá levei um Gabriel choroso para casa e combinei que iamos escrever uns convites para as meninas e os deixavamos na correspondência para os pais poderem depois responder.
Os dias a passar, eu sem nunca me cruzar com os ditos pais, os convites levados e nada de contacto dos pais, e o Gabriel e a M todos os dias a pedirem para ir lá a casa brincar. Custa muito ter de responder a uma criança que não é a minha que ela pode ir brincar mas tem de pedir à mãe dela primeiro. Eu sei lá se não estou a pôr o outro pai/mãe entre a espada e a parede.
Ontem lá vi os pais da L, fui a correr falar com eles, que podiam vir os pais também (que se fosse comigo não sei se seria capaz de deixar lá a minha cria sozinha), mas vi logo pelo tom que eles não tinham vontade nenhuma de deixar a L vir brincar.
Hoje de manhã o Gabriel lá voltou a pedir: É hoje que as minhas meninas vêm brincar cá a casa? Tive que lhe explicar que os pais da L provavelmente não a deixavam vir e que ainda não tinha conseguido falar com a mãe da M.
Depois descubro que afinal a mãe da M me tinha ligado ontem ao fim do dia, opá fiquei tão contente. Amanhã à tarde já deve vir a M cá a casa brincar com o Gabriel :) Happy!