a história do passaroco
Quando o Tiago chegou abriu a grelha da ventilação e saiu lá de dentro uma lagartixa. Lagartixa essa provavelmente super agradecida de lhe termos salvo a vida das garras do passaroco. A tixa fugiu e nunca mais a vimos. O passaroco escondeu-se mais lá para dentro...
Gabriel pede para fazer cocó, o passaroco certamente incomodado com tal invasão resolve sair do buraco da ventilação e esvoaça pela casa de banho, deixando o puto completamente louco e acabando por se ir esconder num recanto totalmente inacessivel para humanos atrás do bidé.
Claudia e Tiago torturaram o pequeno passaroco o melhor que podiam, tentando fazer com que saisse do buraco com a ajuda de paus de espetada e cabides de arame desfeitos.
Nada feito... o passaroco deixou-se estar no seu recanto até ao dia seguinte.
Novo dia, o Tiago toma banho, o Gabriel ciranda casa de banho, quarto dos pais, quarto do gabriel e de volta à casa de banho e nada de passaroco.
Teria já esticado o pernil, como o outro?
Claudia tem a ideia de ir espalhar umas migalhas de pão, mas antes o passaroco dá sinal de vida. Ouve-se esvoaçar dentro da casa de banho quando o Gabriel se lembra que quer fazer xixi :)
Entram mãe e filho de fininho na casa de banho e o passaroco esvoaça por todo lado indo finalmente esconder-se no seu recanto atrás do bidé. Com tanto esvoaçar o puto fica acagaçado, não quer entrar na casa de banho e até pede colo. A mãe ri-se :) Felizmente há outra casa de banho!
Como o passaroco se esconde de cada vez que avista os seres de duas pernas a mãe aproveita para limpar algumas cagadelas que já apareceram no chão da casa de banho e banheira, pões migalhinhas para ver se o bicharoco se aguenta e dá mais um ar da sua graça e finalmente toma o seu duche matinal.
Com o puto a divertir-se na creche começa o vai-vem de caça ao passaroco. Já comeu das migalhas e espalhou mais umas quantas cagadelas pela casa de banho, mas de cada vez que avista a humana corre a esconder-se atrás do bidé.
Traço uma estratégia - tapar os buracos onde se pode esconder e ver se sou rápida o suficiente para tapar o buraco onde se esconde quando estiver a esvoaçar cá fora.
O passaroco é sempre super rápido, mas eis que surge uma oportunidade, pego no pano, enfio-o no buraco e... o pano é pequeno e o passaroco esconde-se lá na mesma.
Mais umas tentativas frustradas e eis que surge nova oportunidade, corro a tapar o buraco, desta vez com uma toalha maior, na confusão o passaroco esvoaça para o corredor e embate contra os vidros da porta do hall onde uma pequena tigresa tenta desesperada saltar para o apanhar do outro lado da porta.
Confesso, só me apetece rir. Solto a gata para a apanhar o passaroco ou não? Naaa vou tentar apanhá-lo, mesmo que a gata não o mate deve ser mais difícil tirar-lho dela do que apanhá-lo sozinha.
Muito corre corre para cá, corre corre para lá, eu espreito dum lado, ele esconde-se do outro, parecemos uns parvinhos a jogar ao apanha. Finalmente o passaroco lá se enfia num cantinho onde consigo apanhá-lo com uma toalha.
Não podia deixar passar o momento sem uma foto :D Claudia a grande apanhadora de pardais minúsculos!
Saio com ele para o hall e mando berros aos gatos para se manterem quietos, com tanta comoção e saltos da tigresa Maia até o Lyra já tinha vindo espreitar o que era aquela festa. Felizmente eles ficam mesmo quietos e nem vêm atrás de mim para a cozinha. Vou para a varanda e solto o passaroco e lá foi ele a voar para bem longe!
A Maia continua convencida que há passaroco no corredor e não desgruda da porta a miar...