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a vidinha como ela é

(e uma mãe que mete a mão em tudo) por Claudia Borralho

a vidinha como ela é

(e uma mãe que mete a mão em tudo) por Claudia Borralho

mais das previsões do gabriel

30.07.09 | Claudia Borralho

Se lhe perguntava ao contrário (primeiro mano e depois mana) a resposta já mudava.

Mau, atao afinal isto é só repetir a primeira coisa que ouve?

 

Ontem o pai virou-lhe o disco. Perguntou-lhe se queria um menino ou uma menina. Ena, o puto ficou baralhado, começou um maaaa, depois parou, todos em expectativa, eeeee

Mana!

 

Ahahaha, isto é bem melhor que todos aqueles testes da treta que circulam por aí!

qué ito?

28.07.09 | Claudia Borralho

Anda numa fase deliciosa, tudo o que vê e não sabe o que é pergunta: qué ito main? qué ito???

E depois repete sempre a resposta :) Deve ser para não se esquecer.

 

No outro dia iamos a sair da escola e uma auxiliar do berçário pergunta-me o que tenho na barriga, que o gabriel já andou a dizer que é uma mana. Eu fico estupefacta. Lá em casa os esforços para que diga que a mamã tem um bebé na barriga não servem de nada, ele ou goza connosco ou não percebe. Diz sempre que a mãe tem o bigo na barriga :)

Ora na escola a sua "avózinha" perguntou-lhe se ia ter uma mana ou um mano. Resposta pronta dele: Uma MANA!!!!

Ahahaha eu achei o máximo! O Gabriel também acha que vem aí gaja! Só o pai diz que é menino, mas já da outra vez também estavamos trocados.

 

Hoje de manhã estava tão doce e falador que resolvi pôr a teste.

Gabriel, vais ter uma mana ou um mano? MANAAA!!!!

Quantos gatos tens? Dois!

Como se chamam os teus gatos? Miau, miau.

Não filho, qual é o nome dos teus gatos? Miauuuu.

:D É a Maia e o Lyra não é? Ahhhh, poixé main!

 

Passado um bocado magoa-se num pé.

Sopra filho. Fuuuu Fuuuuu Já tá milhôr main.

:D

 

Ahahaha este puto tá o máximo!

notas para o futuro

24.07.09 | Claudia Borralho

O gabriel sempre foi um bebé e um menino que precisa das suas coisas, das suas rotinas, do seu espaço. Ainda me lembro bem das férias pesadelo quando tinha 4 meses e o ar magnifico de felicidade dele quando voltamos para casa.

Óbvio que toda a gente comenta que ele se habitua, se adapta, uma grande treta é o que isso é, nós é que nos fomos adaptando às necessidades dele e aprendendo a contorná-las.

Grande parte da minha terapia da depressão consistiu em habituar-me a mandar o gabriel para casa dos avós, umas horas, uma noite, um fim de semana.

E ele adora ficar com os avós, mas lá está tudo o que seja mudanças às suas rotinas acaba por trazer repercussões.

É certinho direitinho que sempre que volta de casa dos avós vai ter mais dificuldade para dormir. Pede que fique ao pé dele, que lhe dê colo, demora eternidades para adormecer.

Com o tempo ele lá percebe que a mãe não o abandonou e volta ao esquema habitual, história, beijinhos e adormece ainda antes de eu sair do quarto.

Quanto mais alterada for a rotina pior são as repercussões.

Dormiu com os avós no sábado e ao voltar custava a adormecer, veio ter comigo durante a noite e tudo. Depois na terça como fomos às urgências ter com o médico teve de ficar com a avó. Quando o fomos buscar ainda não tinha adormecido e conta a avó que tudo estava a correr bem até ele pedir beijinhos da mãe.

O resto das noites da semana têm sido péssimas, custa horrores para adormecer e acorda imensas vezes de noite, a choramingar baixinho a chamar pela mãe.

Este fim de semana vai ficar com os avós e estou a preparar-me para mais uma semana da treta.

 

E agora imaginem como será daqui por uns largos meses quando a mãe aparecer em casa com um bebé novo depois de ter andado desaparecida durante dois ou três dias?

 

Vai parecer a noite dos mortos vivos...

 

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