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a vidinha como ela é

(e uma mãe que mete a mão em tudo) por Claudia Borralho

a vidinha como ela é

(e uma mãe que mete a mão em tudo) por Claudia Borralho

o lado lunar

17.08.07 | Claudia Borralho
Eu tento não escrever no blog em dias maus, dias de gritaria sem fim, dias em que os sorrisos se contam pelos dedos da mão e os berros fazem muita dor de cabeça, já para não falar em muitas dores de alma.
Eu tento, mas estes dias também fazem parte e também devem ficar registados porque ser mãe não são só sorrisos, e não é maravilhoso como diz a sogra. Vai ser, mas é daqui por uns tempos quando o mau estiver esquecido e só ficarem os sorrisos.

Não sei o que fazer, aliás não sei o que ando aqui a fazer. O puto grita e berra o dia todo. Ri um segundo e berra durante o minuto seguinte. Berra porque está aborrecido, berra porque está cansado, berra porque tem fome, berra porque está farto daquela maminha, berra porque quer arrotar, berra porque se bolsou, berra porque está mijado, berra porque se cagou todo, berra porque tem a roupa molhada de tanto se babar, berra porque tem sono, mas só adormece depois de berrar até à exaustão e acorda 20 minutos depois a berrar...
Sinto-me totalmente incompetente de cada vez que leio em mais algum sítio que as mães aprendem a diferenciar os choros do bebé. Ele está quase a fazer 4 meses e para mim é tudo igual - palra em desagrado, grita e berra.

As avós não compreendem... "tu não choravas assim", "ele é um menino tão lindo, ele não chora, pois não?", "vai ver, ele agora dorme muito bem, está tão cansado". A piada é que depois ainda ouço a história da vez que vieram as visitas não sei de onde e o bebé não dormiu durante dois dias e duas noites e que se afligem é quando ficam todos vermelhos. Isso para mim acontece todos os dias, todo o dia. Até tenho vergonha de o dizer, mas há alturas em que estou desejosa que ele vá para a creche.

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Dia a dia

17.08.07 | celta
Não tem sido fácil tratar das pestezinhas lá de casa. Ás vezes perco a calma como atesta a mossa na parede do quarto ao tentar levar o berço para a sala. Mas apesar de tudo há uma coisa nova que faz com que um dia de trabalho se torne mais fácil. Os sorrisos com que sou presenteado de manhã ou a ao chegar a casa, tornam um dia difícil sempre o novo melhor dia da minha vida.

É dificil conciliar as nossas tarefas do dia-a-dia com a presença do sapinho (para o pai). Fazer compras ainda acaba por ser o mais fácil dependendo do estado de humor do macaquinho (para a mãe).

A Mãe essa anda cansada. Reafirmo as vezes que forem precisas que ela só vai descansar quando for trabalhar, por muito deprimente que isso seja. Os sonos continuam a ser o mesmo martírio de sempre. Mesmo eu que pouco tempo passo com a criança me sinto quase que desesperado quando a peste não dorme (Nem quero imaginar como a mãe se sente). Somos capazes de estar uma semana a insistir em uma rotina para ele dormir... mas basta às vezes uma visita ou presença de amigos ou avós para ele não querer dormir e termos o caldo entornado. Claro que eu com isto não estou a dizer para não aparecerem lá por casa... isto é algo que faz parte. As avós aos poucos e poucos lá se vão apercebendo das dificuldades que enfrentamos. Deixarmos a criança a chorar(entenda-se berrar) uns 5 ou 10 minutos no colo delas ajudou a perceberem que nem tudo é sorrisos.

Entretanto comecei a "treinar" a criança em beijinhos. A princípio ele achava muito estranho eu dar-lhe muitos beijinhos, mas agora eu rio-me para ele depois de uma sessão de vários beijinhos na cara e ele ri-se de volta! ;)

E Como vão poder constatar ali em baixo nas fotos, ele anda todo "fashion" com o seu lenço na cabeça. As fotos não são as melhores devido a usar o telemóvel. Com ele temos de tirar fotos rápidas ou então nada feito...

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3 meses e meio

10.08.07 | Claudia Borralho
Continuas muito divertido a virares-te sempre que podes :) Cada vez o fazes melhor, já coordenas melhor os braços com o resto do corpo e já não ficas com o braço preso tantas vezes :)
Outra novidade divertida tem a ver com os sólidos :) Eu sempre quis dar mama em exclusivo até aos 6 meses. Agora já não tenho tanta certeza. Daqui por um mês o Gabriel já vai para a creche e eu não vejo forma de tirar leite para ele.
Quando tento ou não sai nada (umas gotinhas que nem enchem o fundo do biberão) ou então não sai mais do que cerca de 40ml / 50ml o que é muito pouco.
Tirei uma vez 100ml, mas foi a meio da noite porque acordei com duas pedras em vez de mamas e não conseguia dormir.
Continuo a acordar com os pedregulhos por volta das 6 da manhã, mas prefiro dá-los directamente ao puto do que não dormir e andar a tentar tirar com a bomba.
Outra razão é que o Gabriel anda muito interessado na comida a sério. Segue muito atento o percurso mão / boca e depois desfaz-se em sorrisos e até deita a língua de fora :)
Qualquer dia vou experimentar dar-lhe a provar um bocadinho de banana para ver a reacção e já lhe comprei colheres todas janotas para ele se ir habituando.

Aquilo que continua a ser muito difícil são os sonos durante o dia. De noite adormece por volta das 21h, volta a mamar cerca das 23h e depois acorda entre as 6h00 e as 7h00. A seguir a esta mamada quer brincar um bocadinho, mas depois dorme mais 2h/3h.
Depois já é muito difícil que durma. Para me ajudar tenho usado as teorias da Tracy Hogg. Gostei muito do livro e ajudou-me a entender muitas coisas do Gabriel.
Durante uma semana começámos uma rotina de sestas e com o cuidado de levar o bebé para dormir assim que mostrava o primeiro sinal de cansaço.
Estava a correr muito bem, o bebé já nem chorava quando era altura de dormir. Foi aí que cometi um erro gravissimo ao tentar que a minha mãe aprendesse a adormecer o bebé.
Desde essas tentativas que o Gabriel voltou a chorar até à exaustão sempre que é altura da sesta e mostrou estar cansado :( É desesperante tê-lo aos gritos e a contorcer-se. E se na semana anterior já conseguia que dormisse 45m agora já só dorme 30m outra vez.