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a vidinha como ela é

(e uma mãe que mete a mão em tudo) por Claudia Borralho

a vidinha como ela é

(e uma mãe que mete a mão em tudo) por Claudia Borralho

depois da consulta

20.04.07 | Claudia Borralho
Volto muito mais contente. Um CTG fantástico com um miúdo cheio de vitalidade e nada de contracções, se bem que ao princípio se tenha posto a dormir. Estava a deixar-me ficar mal, ele que se irrita logo com as sondas pôs-se a dormir! Mas é compreensível, um badocha como ele depois de almoço tem mesmo é de dormir a sesta!
Com a ecografia tudo excelente e finalmente mais um daqueles toques violentos. Sangue, muito sangue. Colo fechado à chave* e a cabeça do miúdo lá muito em cima (e eu a subir pela marquesa).
Temos um novo prazo para o gabriel se decidir**, como tal ainda vamos aqui andar mais umas semaninhas. E vimos com a recomendação de muito sexo para os próximos dias, vamos lá ver a festa que vai ser.
O médico também lá me tranquilizou um bocadinho em relação a coisas como o cordão à volta do pescoço. Também tenho que me seguir pela actividade do gabriel e já sei que se ele abrandar eu vou logo a correr para as urgências. A ver se agora deixo de estar sempre tão aborrecida e invento mais coisas para fazer.

*pois é mamã.kity nada de colo apagado, este miúdo só sai à força!
**tal como o médico disse ainda hoje, se o colo não estiver favorável é mais complicado fazer indução (eu já sabia, mas fiquei muito contente de ele o dizer sem perguntarmos nada)

o bolachudo pede-me bolos

19.04.07 | Claudia Borralho
Apetece-me uns donuts. Daqueles tradicionais com aquele molho transparente e pegajoso à volta. Ou uns donettes, pequeninos e com chocolate. Uma tarte de maçã, ou melhor ainda uma tarte tatin. Um mil folhas, uma bola de berlim com creme, um palmier recheado ou daqueles cobertos com creme.
Apetece-me um bolo cheio de creme e açucar, ou então com doce de xila (é xila ou gila? nunca sei!). Se for às compras agora já sei que como uma tarte de maçã inteira e um pacote de donuts sozinha, errrmm e uma embalagem inteirinha de sortido hungaro com geleia! E estou aqui a controlar-me a ver se me esqueço do desejo porque o puto já é gordo o suficiente...
(e ainda temos montes de chocolates cá em casa da páscoa, mas isso não me apetece)

E já agora uma adenda ao post ali de baixo. Eu não estou nervosa, nem ansiosa, nem nada que se pareça. Tou aborrecida, chateada, a ver as moscas pousar.

tudo na mesma, como a lesma

19.04.07 | Claudia Borralho
Os dias começam a custar. Não é tanto a ansiedade de que toda a gente me fala, é o aborrecimento. Não acontece nada. Não aparece nenhum sinal de que alguma coisa possa acontecer. Nada de nada. Isto causa uma frustração tremenda.
Para ajudar à festa chegam os telefonemas preocupados e bem intencionados da família e amigos. Tenho que passar os dias a repetir ao telefone: não, ainda não nasceu, estou bem, não se passa nada. Nada, não se passa nada.

Continuo sem perceber o que são contracções, sejam elas de braxton hicks ou the real thing. Passo os dias a apalpar a barriga a tentar perceber se se passa alguma coisa. Agora está rijo, hummm mas se calhar não é rijo o suficiente, epá que peso, que pressão aqui, deve ser só o bebé... enfim, não se passa nada.
De rolhão mucoso também não vejo nada... é obrigatório que sai sempre antes?

Amanhã lá vamos para mais um CTG e consulta. Eu passo os dias dividida entre aceitar a data de indução proposta pelo médico ou tentar negociar outra, uns dias ou uma semana mais tarde. Dividida porque, se por um lado não quero fazer indução, por outro quero o gorducho cá fora. Por um lado pesam-me todos os pros e contras de uma indução, por outro um medo enorme que aconteça alguma coisa ao miúdo nestes últimos dias.

E depois ainda vem aquele sentimento de fracasso. Cheguei até aqui e agora não consigo pôr o miúdo cá fora... Tretas, tretas, fizemos um bochechudo tão giro aqui dentro da barriga, se for preciso obrigá-lo a sair, olha paciência. O importante é ele estar bem. Mas mesmo assim parece que o meu corpo não sabe o que é para fazer agora.

Na semana passada ainda fantasiava com a ideia de ir à consulta e descobrir-se que afinal o colo já estava não sei quantos dedos dilatado e que eu até já tinha contracções certinhas. Agora já estou sempre à espera do: colo fechado, nada de contracções. Nada. É que não se passa nada!