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a vidinha como ela é

(e uma mãe que mete a mão em tudo) por Claudia Borralho

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fundamentalismos

24.08.07 | Claudia Borralho
Cada vez tenho menos paciência para fundamentalismos.

Antes de engravidar comecei a ler os mails do grupo das doulas. Aquilo fazia todo o sentido para mim. As mulheres sempre pariram e sempre alimentaram ao peito os seus filhos, como tal têm total capacidade para o fazer.
Mas sinceramente para o fundamentalismo de que o parto humanizado é em casa e mais nenhum ou que nenhum bebé precisa de suplemento, para isso já não tenho paciência. Aliás cada vez que ouço o já afamado "a natureza é sábia" até me dão umas voltas ao estomâgo.
A natureza é fantástica mas há sempre excepções à regra. Há mortes in utero, há bebés enrolados que pura e simplesmente não nascem pela porta da saída ;) Há mamas que secam, há bebés que não estimulam adequadamente as mamas e como tal não se produz leite. Há mil e uma variáveis que podem acontecer na gravidez, no parto e na amamentação.

Eu sempre quis amamentar em exclusivo, e se possível até aos 6 meses, como recomenda a OMS. O meu filho começou a demonstrar sinais de fome e a minha mama não tinha leite suficiente para o satisfazer. Eu dei-lhe suplemento.
O meu filho é irritado por natureza, e também não gosta de dormir de dia, nestas coisas sai a mim. Compreendo perfeitamente que ele seja assim, embora os seus gritinhos constantes me deêm dores de cabeça descomunais ao final do dia.
Por mais que eu diga e saiba que não é fome, sobre a irritação diurna do puto vem toda a gente dizer que ele tem é fome e que lhe dê suplemento.
Quando eu lhe noto a fome e lhe dou suplemento vem logo a outra facção dizer-me que devo estar a fazer qualquer coisa mal e que as mamas têm sempre leite.

Enfim... detesto fundamentalismos!

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